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15 de ago. de 2013

O monstro Verde que rouba o nosso Relacionamento com Deus

“Homem que correu fantasiado de Hulk não consegue voltar à ‘forma humana’” “Para aguentar o difícil trajeto, com várias subidas inclinadas, do Desafio da Paz, no Complexo do Alemão, o guardião de Piscina Paulo Henrique dos Santos, de 35 anos, resolveu se fantasiar de o Incrível Hulk e buscar forças dignas do herói do cinema. Durante a competição, no Complexo do Alemão, a fantasia fez sucesso. Mas na hora de se livrar dela, a surpresa: Paulo Henrique não conseguiu voltar à ‘forma humana’.” (Fonte: Jornal Extra) Esta não é uma notícia comum. A primeira reação das pessoas a uma história assim é variada. Alguns riem, outros repelem como mais uma coisa estranha do nosso tempo. Outros, ainda, são indiferentes como quem diz: Ah já vi coisas mais estranhas. Mas a verdade que poucos talvez pensem é que o homem da notícia acima, agora está descaracterizado. Na tentativa de chamar atenção para si, ao tentar parecer alguém que não era, tornou-se o que não desejava ser. Ele nem mesmo pode ir ao trabalho devido à nova coloração da sua pele. Venho há algum tempo conversando com amigos e pensando em algumas coisas que se tornam verdadeiros “Hulks” contra nossa vontade, coisas a que damos um valor superior ao que elas verdadeiramente têm. Trata-se de enganos que são gerados muitas vezes por uma boa intenção, mas que se tornam em monstros contra nós. Jesus, inclusive, nos advertiu acerca de diversos enganos que poderiam nos distrair ao contempla-lo. (Mt 24.4). Um bom exemplo para isso é o papel que as ferramentas e as atividades, muitas vezes, tem na vida dos cristãos. Acredito que a maioria dos cristãos entenda na prática que, por exemplo, o discipulado é uma importante ferramenta na vida cristã para edificação, ensino e aprendizado da Palavra. Sem ele é muito difícil chegarmos ao que Mateus 28. 18-20 diz: “Ensinando a obedecer a tudo o que Jesus ordenou...”Porém, acredito ainda que muitos tenham pintado o discipulado de verde, transformando-o em algo maior do que ele é. Chegando, muitas vezes, a substituir o próprio Senhor para algumas pessoas. Temo que na tentativa de promover uma ferramenta, a tenhamos transformado numa cópia muito mal feita da comunhão com Jesus. E com isso a igreja perde, e perde demais. Lembro-me da extrema dificuldade que tive na minha caminhada com Cristo para entender que minha comunhão com Ele não estava limitada ao discipulado. Por muito tempo, atrelei o relacionamento com Deus a estar com um irmão que me discipulava no mesmo BAThorário, no mesmo BATdia. Para ser bem sincero muitas vezes nem sequer orei a Deus para que Jesus me desse a resposta do que eu buscava, eu corria para um irmão a fim de me aconselhar com ele! Obs:Quero deixar bem claro e repetir o que já disse em algumas linhas anteriores, sem o discipulado não há crescimento, então por favor não entenda como uma crítica. Estou tão somente pondo o discipulado no seu devido lugar. O mesmo tenho pensado sobre as atividades de servidão que exercemos na igreja, e muitas vezes a pintamos de verde: Estudos, pregação, ministério de crianças, etc... As atividades podem também ocupar um lugar que não é delas. Para acabar com esse engano foi necessário passar por um tempo de correção muito difícil por meio da qual experimentei um relacionamento com Deus bem profundo por diversas outras formas que não as ferramentas e as atividades: a comunhão com Deus (Estudando a minha Bíblia), com outros irmãos (Igreja), a oração, o jejum, além da servidão claro. Experimentar com intensidade Sua graça em momentos assim me faz querer vivenciar mais e mais dessa riqueza. As ferramentas e as atividades podem nos sensibilizar e ajudar na vida com Jesus, mas está longe de ser a única forma para isso acontecer. Essa comunhão precisa ser experimentada em todas as suas facetas para sermos saudáveis e prosseguirmos em conhecer Deus (Os 6:3). Assim como o “Hulk” da notícia ficou prejudicado pela fantasia, nosso relacionamento com Deus pode ser prejudicado por atribuirmos às coisas um valor maior ao que elas têm. Que o Senhor nos livre dos enganos que podem tirar o nosso foco Dele.

11 de ago. de 2013

Me defina seu coração

Uma das parábolas mais conhecidas de Jesus é a parábola do semeador (Mateus 13:1-9). Vemos Jesus comparando os solos onde a semente caiu com os corações dos homens. Particularmente, sempre me identifiquei com o coração do versículo 5, que não deu fruto por não ter raízes. Esse versículo diz que a semente não tinha raiz por que a terra não era profunda. Será que alguém diria que o problema que levou aquele coração a não frutificar era a semente que fora plantada nele? Nunca, duvido muito. Sabemos que não. Como a semente é a palavra de Deus, nela não há nada de ruim. O problema é quando uma semente perfeita, sem nenhum problema, encontra um solo (coração) que não lhe oferece as condições necessárias para ela lançar suas raízes, crescer e frutificar. Se o nosso coração não tiver terra profunda, todas as sementes, todas as palavras que forem ministradas a ele, vão nos alegrar no primeiro momento, mas depois, com passar do tempo, morrerão. E para tornar o nosso coração numa terra profunda, precisamos romper com toda superficialidade. Acredito que isso é um fenômeno que ocorre toda vez que uma semente é lançada aos nossos corações, nesse momento, temos uma decisão a tomar entre deixar o meu coração aberto para que ela entre e mude tudo que Deus quer ou escolher ficar na superfície, deliberadamente, não permitir que ela entre com profundidade. E isso, essa escolha, só se toma da seguinte maneira: ou você pratica o que a palavra diz, sem racionalizar nada, ou não. Não há meio termo. Todo coração sem prática da Palavra é um coração raso e, nesse solo, nenhuma semente cresce. Então, diante disso, nos cabe analisarmos: que solo eu tenho sido? Um de terra profunda ou um raso, que não deixa a palavra penetrar, criar raízes e crescer? Diz Tiago que quando não praticamos a Palavra, estamos enganando a nós mesmos. (Tiago 1:22). Pense hoje em todas as sementes que foram plantadas na sua vida e escolha dizer não para a sua carne. escolha cumprir o que lhe foi dado como Palavra de Deus, faça do seu coração um terreno fértil e frutífero, acolha com mansidão cada palavra que for ministrada ao seu coração e pratique cada uma delas. Sendo assim, você terá um coração profundo, onde as sementes encontrarão espaço para crescer.