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23 de ago. de 2011

Sobre Julgar...

Quantas vezes você já se deparou com uma situação na qual você se achou no direito de julgar seu próximo? Ou quantas vezes você deu sua opinião sobre a vida alheia avaliando e muitas vezes depreciando a atitude das pessoas?
Muitas vezes proferimos comentários sem ter a consciência de estarmos julgando e sem termos noção do poder de nossas palavras, que na maior parte são injustas e desnecessárias.

Isaías 11:3-5 “E não julgará segundo a vista dos seus olhos...”
  "Não julgue, edifique"
“Não julguem, para que vocês não sejam julgados.  Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês.  Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?  Como você pode dizer ao seu irmão: ‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando há uma viga no seu?  Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão.  (Mateus 7:1-5)
A minha experiência como irmão, com pastor, como conselheiro é que, na igreja os crentes que não estão na Palavra de Deus diariamente, que não tem as suas vidas governadas por princípios que poderiam ter colhido da Palavra,  fazem e praticam o que não devem, e deixam de fazer e praticar o que devem.
Tudo que Cristo pregou nestes três capítulos de Mateus (5, 6 e 7) é de suma importância para sua vida.  Jesus nestes três capítulos declarou o que tem que ser o caráter dos súditos do Reino de Deus. Se você planeja ir para o Céu, tem que acatar, compreender, valorizar, e praticar tudo que foi ensinado nestes capítulos.
Há poucos versículos citados mais freqüentemente do que versículo 1 de Mateus 7, e poucos menos compreendidos por aqueles prontos para citá-lo e aplicá-lo às pessoas que ignorantemente ou até maliciosamente acham que estão transgredindo este mandamento. 
Esta proibição de Cristo "Não julgue" não pode ser compreendido absolutamente ou seja sem qualificação. 
Temos que andar na luz de toda a Palavra e não somente este versículo para que façamos o que devemos e deixemos de fazer o que não devemos.  Para que julguemos como convém e não como não convém.
A palavra traduzida aqui "julgar" (krino) é uma palavra que é usada freqüentemente no Novo Testamento (98 vezes), e é usada numa grande variedade de sentidos: determinar, condenar, processar, questionar, estimar, selecionar, aprovar, considerar, avaliar. Nossa tarefa como um povo que examina a palavra de Deus, é discernir quais sentidos desta palavra Cristo proibiu.  É muito importante manter em mente o objetivo principal do Senhor, que era para mostrar que Ele exige no caráter e na conduta dos seus discípulos algo radicalmente diferente e muito superior a religião dos Judeus, a forma considerada mais alta sendo aquela possuída pelos escribas e Fariseus.  O X da questão foi tocado quando Cristo contou aos seus ouvintes, "Pois eu lhes digo que se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus 1 e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus." (5:20)  Aquilo que Cristo falou antes desta declaração e tudo que falou depois até ao fim do seu discurso deve serinterpretado na luz dessa declaração.
Uma das características dos Fariseus era sua elevada auto estima  para com eles mesmos e o desprezo que praticavam contra  todos que não pertenciam a sua seita.  Isto é evidente nas palavras de Cristo em Lucas 18:9, onde diz  "Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos por se considerarem justos, e desprezavam os outros: naquilo queimediatamente se segue temos um contraste entre o Fariseu e o publicano.  Os Fariseusacostumavam passar julgamento injusto nos outros, enquanto permaneciam cegos aos seuspróprios defeitos.  
O discípulo de Cristo deve comportar-se numa maneira exatamente contrária: incansavelmentejulgando a si mesmo e recusando invadir a responsabilidade de Deus para avaliar ou  julgar osoutros.
A capacidade de julgar, de formar uma opinião, e uma das nossas faculdades mais valiosos e ouso correto dela é um dos nossos deveres mais importantes.  A não ser que formemos opiniões e cheguemos a uma conclusão do que é bom  ou mal naqueles com que nos encontramos, podemos facilmente rejeitar o justo e desculpar o ímpio.  
Jesus disse "Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores." (Mateus 7:15)  Como podemos cumprir esta ordem a não ser que nós medimos cuidadosamente cada pregador que ouvimos pela Palavra de Deus? 
Depois ele disse em João 7:24  “Não julguem apenas pela aparência, mas façam julgamentos justos”.  
"Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz.”  [Efésios 5:11] 
Para obedecer a isto somos obrigados a julgar quais são as "obras das trevas". 
"Irmãos, em nome do nosso Senhor Jesus Cristo nós lhes ordenamos que se afastem de todo irmão que vive ociosamente e não conforme a  tradição que vocês receberam de nós.”  [2 Tessalonicenses 3:6]: isto nos obriga decidir quem vive ociosamente.  
“Recomendo-lhes, irmãos, que tomem cuidado com aqueles que causam divisões e colocam obstáculos ao ensino que vocês têm recebido. Afastem-se deles."   [Romanos 16:17]: isto requer que determinemos quem é culpado de tais coisas.  Portanto é abundantemente claro que a proibição do Senhor em Mateus 7:1 de modo nenhum, deve ser compreendida absolutamente.
Há três tipos de julgamento que são lícitos e exigidos pela Palavra: dois de caráter público e um de caráter pessoal.

Continua...


“juiz” de hoje, será o julgado de amanhã!

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