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25 de ago. de 2011

Não fuja do Confronto

Não fuja do confronto
O grau mais elevado de despropósito religioso se alcança no extremismo. Hoje falaremos de um extremismo religioso com dois lados na moeda. Já que não podemos ser 8, nem tampouco 800, precisamos de uma vida cristã equilibrada. Por isso, o Senhor Jesus chamou seus discípulos de sal da terra, uma vez que muito sal estraga a comida e pouco sal a deixa sem sabor.
Em outras palavras, muito sal deixa o cristão intolerante, mas pouco sal conduz o mesmo a uma vida sem o sabor do Espírito Santo. É comum falar dos cristãos intolerantes, fariseus, nazistas... Mas hoje trataremos de um perigo na caminhada de fé que é uma vida espiritual morta sem o sabor do Espírito Santo.

Meu amado, tenha cuidado... porque está virando clichê idealizarem um Jesus de amor como se fosse um passaporte diplomático de passagem direta em todas as fronteiras de pecado e vida mundana, sem drama de consciência.

Jesus mesmo disse: “26 Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27 E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14, 26-27).

Assim, muitos querem viver para Cristo sem confrontarem suas mazelas humanas e carnais. Neste texto de Lucas, Jesus apresentou um Evangelho desconfortante nas relações: discípulo e familiares, discípulo e companheiro e, ainda, discípulo e a sua própria vida.

Não confunda... afinal Jesus amou quando precisou amar, abraçou quando precisou abraçar, mas foram suas exortações que fizeram dos seus discípulos homens e mulheres de Deus. Triste realidade saber que poucas pessoas estão dispostas a serem confrontadas.

Muita gente só está ao lado de Jesus quando ouve o que quer. Muitas pessoas querem estar na igreja desde que se fale aquilo que elas querem ouvir, mas não estão dispostas a ouvirem o que Deus deseja falar com elas.

Certa vez o Senhor Jesus falou com os seus seguidores aquilo que eles não queriam ouvir e daí veja o que aconteceu: “Muitos dos seus discípulos, tendo ouvido tais palavras, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (João 6, 60).

Olhando o contexto desta passagem, Jesus havia realizado o milagre da multiplicação dos pães e peixes, tinha feito grandes milagres e operado maravilhas de forma que numerosa multidão o seguia, mas esta apenas o seguia pelos seus sinais: “Seguia-o numerosa multidão, porque tinham visto os sinais que ele fazia na cura dos enfermos.” (João 6, 2).

Após o confronto as coisas mudaram, veja: “À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele.” (João 6, 66).
Interessante que Jesus não teve medo de perder as pessoas por falar a verdade e, ainda, acrescentou: “Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós outros retirar-vos?” (João 6, 67).

O Senhor Jesus não barganhou com homem algum já que estava disposto a falar a verdade. Nestes primeiros anos de ministério, tenho visto uma prática corriqueira na Igreja Cristã: alguns quando começam a ser confrontados pela Palavra preferem deixar a caminhada.

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