Palavra, conselho e opinião…
É muito importante entendermos a diferença destas três palavras, Palavra de Deus, conselho e opinião. O entendimento, revelação, nos ajudará a evitar o abuso de autoridade, que pode ocorrer na comunhão através das juntas e ligamentos.
Vejamos cada uma:
1. PALAVRA DE DEUS…
Na Escritura nós encontramos a Palavra de Deus (Logos), que é a palavra para todos os homens, de todos os tempos, em todos os lugares. É sobre esta palavra (Logos) que Jesus afirma que não passará um “i” ou um “til” sem que ela se cumpra. Ela é a mesma ontem, hoje e sempre.
Na Palavra de Deus (Logos) está a proclamação da verdade, os mandamentos, os princípios de funcionamento da igreja, as advertências e o modelo.
Isto é o que temos que transmitir para os discípulos. Aqui está o conteúdo do que Jesus nos mandou ensinar “… ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho ordenado…” (Mt 28.20). Isto e somente isto é o que temos que levar os discípulos a viverem e obedecerem.
Aquilo que está claro nas Escrituras, o que foi ensinado pelo Senhor e pelos apóstolos. Nada mais do que isto. “… Não ultrapasseis o que está escrito; a fim de que ninguém se ensoberbeça…” (1ª Cor 4.6).
A Escritura nos adverte: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria…” (Cl 3.16). E Paulo, o apóstolo, nos declara: “E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (2ª Tm 2.2).
O que ensina tem que ter esta postura, íntegra e leal ao ensino, para poder formar bem uma vida, então poderá declarar: “… seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo…” (Ef 4.15).
Temamos ir além do que está escrito, pois quem ultrapassa, poderá ensinar coisas pervertidas. “… E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles” (At 20.30). Quem são estes? São aqueles que deixaram de ensinar o que da parte do apóstolo ouviram e receberam. A conseqüência que virá sobre estes é: “Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles…” (Rm 16.17).
Agora, existe uma conseqüência para o que deixa de guardar o que o Senhor ordenou: “Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem…” (2ª Tm 2.24.25).
Exemplos de palavra de Deus: “Maridos, amai vossa mulher…” (Ef 5.25); “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor…” (Ef 6.1); “Ide, e fazei discípulos…” (Mt 28.19).
Esta palavra é para ser obedecida e ensinada sem questionamentos.
A conseqüência de não obedece-la será, “…disciplinando com mansidão…” (2 Tm 2.24-25).
2. CONSELHO…
Deus falou antes do que está escrito em Gênesis 1? Deus continua falando depois de Apocalipse 22? A resposta, certamente, para estas perguntas será sim.
Existe uma diferença entre a Palavra de Deus e o Conselho. Toda a palavra de Deus é absoluta, inquestionável e todo o conselho é relativo, e pode ser questionado.
A Palavra de Deus revelada na Escritura nós sabemos de que fonte ela vem. Nós cremos que tudo o que está escrito é para nosso ensino e procede do Senhor.
Porém, o Conselho pode vir de duas maneiras: 1ª) pode vir de um homem maduro, através de sua vivencia e sabedoria adquirida, 2ª) ou pode proceder de Deus falando claramente através de alguém.
A chave está em descobrir de que fonte procede à palavra, pois se ela procede de Deus, então, deixou de ser um conselho, que pode ser questionado, ou analisado para ser uma Palavra a ser obedecida incondicionalmente.
Existe a responsabilidade do que dá o conselho, pois não pode dizer simplesmente o que lhe vem à mente, mas sim o que buscou na presença do Senhor. Portanto, é fundamental que ore antes de falar qualquer conselho ao seu irmão, para que possa ter discernido a situação diante do Senhor. E, depois, sim, dar como conselho.
Existe a responsabilidade de quem pediu o conselho, ele tem que descobrir a fonte, é fundamental entender de onde procede a palavra, pois ela terá implicação direta na sua vida e comportamento. Portanto, terá que orar depois de ter recebido o conselho para discernir de onde ele procede e para saber o que irá fazer com ele.
Por exemplo, um discípulo necessita de um conselho (tem duas propostas de emprego) e procura o seu discipulador. Explica o que está passando e lhe pede o conselho. O discipulador imediatamente deve lhe pedir um tempo, para poder orar sobre o assunto, pois é algo importante que irá afetar a vida do discípulo. Depois de ter orado e discernido diante do Senhor, deve falar para o discípulo o que está em seu coração, mas sempre como conselho. Neste momento o discípulo deve tomar o conselho e ir orar para saber qual é a fonte: Deus ou o homem. E depois saber o que vai fazer com ele. Tudo deve ser feito com muita oração.
Algumas áreas que consideramos que estarão debaixo de conselho: trabalho, estudo, finanças, negócios, casamento, etc.
Nestas áreas podemos aconselhar e o conselho é relativo e pode ser desobedecido.
A conseqüência será a colheita feita pela decisão que o discípulo tomou. Se ele não seguiu o conselho e fez diferente, a colheita ele fará sozinho, mas se seguiu o conselho, o que aconselhou irá colher juntamente com ele, o acerto ou o erro.
3. OPINIÃO…
Aqui está algo para compreendermos melhor, pois alguns tem recebido a opinião como algo sem importância.
Existe uma expressão entre nós quando estamos explicando sobre a diferença entre Palavra de Deus, conselho e opinião, que é a seguinte: “ Com respeito a opinião vamos dar boas gargalhadas”.
Em nenhum momento, ao dizer que vamos dar boas gargalhadas com as opiniões, estamos desprezando-as, pois Paulo, o apóstolo, escrevendo para os Coríntios, disse: “Com respeito às virgens, não tenho mandamento do Senhor; porém dou a minha opinião, como tendo recebido do Senhor a misericórdia de ser fiel”. E termina, este mesmo capítulo, dizendo: “… segundo a minha opinião; e penso que também eu tenho o Espírito de Deus”.
Em Rm 14.1,5: “Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões”; “… cada um tenha opinião bem definida em sua mente”.
Não podemos confundir não ter que obedecer, com desprezar, pois uma coisa é muito diferente da outra. Ninguém precisa obedecer, ou se deixar guiar pela opinião do outro, mas também não precisa despreza-la.
Alguns exemplos de opiniões: A cor do cabelo, usar barba ou não, cor de roupa, jogar futebol ou não, comer ou deixar de comer, tirar férias aqui ou ali, etc.
Não existe conseqüência para quem não obedece.
Esperamos que o Senhor nos traga a revelação necessária sobre este tema, afim de jamais usarmos a autoridade para outro fim que não seja edificação!
A ele seja a glória para sempre!
A letra amarela dificulta a leitura. Quem sabe experimente na cor branca ou outra mais agradável para ler.
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